sábado, 5 de abril de 2008

Teus seios


Teus Seios "

Teus seios...
quando os sinto, quando os beijo
na ânsia febril de amante incontestado,
- são pólos recebendo o meu desejo,
nos momentos sublimes de pecado...

E às manhãs... quando acaso, entre lençóis
das roupagens do leito, saltam nus,
- lembram, não sei, dois lindos girassóis
fugindo à sombra e procurando a luz!...

Florações róseas de uma carne em flor
que se ostenta a tremer em dois botões
- na primavera ardente de um amor
que vive para as nossas sensações...

Túmidos... cheios... palpitantes, como
dois bagos do teu corpo de sereia,
- tem um rubro botão em cada pomo
como duas cerejas sobre a areia...

Quando os tenho nas mãos...
Quantas delícias!...
Arrepiam-se, trêmulos , sensuais,
e ao contato nervoso das carícias
tocam-me o peito como dois punhais!...

Meu lúbrico prazer sempre consolo
na carne destas ondas revoltadas,
- que são como taças emborcadas
no moreno inebriante do teu colo...

( Poema de JG de Araujo Jorge)

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